Jogos virtuais como intervenção terapêutica para crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista
uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.37497/colloquium.v4i1.66Palavras-chave:
Transtorno do Espectro Autista, Jogos virtuais, Prática Baseada em Evidências, Revisão de LiteraturaResumo
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve alterações no neurodesenvolvimento, com limitações no tratamento farmacológico convencional. Os jogos virtuais emergem como terapia complementar promissora. Objetivos: Analisar os efeitos e evidências terapêuticas dos jogos virtuais como intervenção para pessoas com TEA. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa, em que foram utilizadas as bases de dados PubMed, Cochrane Library e SciELO. Foram incluídos estudos que abordavam o uso de jogos virtuais como intervenção para indivíduos com TEA. Realizou-se inicialmente, identificação e triagem dos estudos nas bases de dados, seguida pela leitura completa dos textos para avaliar a elegibilidade. A revisão optou por uma síntese qualitativa, oferecendo uma visão abrangente dos principais achados dos estudos incluídos. Resultados: 1941 estudos foram encontrados dos quais foram incluídos apenas 5. Os estudos indicam benefícios como maior atenção, interação social e engajamento, utilizando ferramentas como Minecraft® e avatares para ensino emocional. Tecnologias adaptativas personalizadas, combinadas a abordagens presenciais, podem maximizar ganhos em contextos controlados e estimulantes. Essas ferramentas demonstram capacidade de superar barreiras típicas do TEA, oferecendo estratégias inovadoras para o desenvolvimento de habilidades essenciais, ampliando oportunidades de aprendizado e interação social. Apesar de resultados promissores, as evidências ainda são limitadas devido ao tamanho das amostras e o relato do nível do TEA nos estudos. Conclusão: Os jogos virtuais representam uma intervenção terapêutica promissora para crianças e adolescentes com TEA, pois podem melhorar parâmetros cognitivos, motores, de atenção e interação. Contudo, estudos com amostras maiores e mais homogêneas são necessários.
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