O papel das redes de apoio no envelhecimento ativo
implicações para a saúde e bem-estar das pessoas idosas
DOI:
https://doi.org/10.37497/colloquium.v4i1.62Palavras-chave:
Interdisciplinaridade, qualidade de vida, suporte social, transição demográficaResumo
O envelhecimento populacional na América Latina e no Caribe, acelerado desde a segunda metade do século XX, apresenta desafios inéditos para sistemas sociais e de saúde, com projeções indicando que até 2050 a população idosa superará a jovem. No Brasil, dados recentes refletem essa tendência, destacando a necessidade de adaptação para promover um envelhecimento saudável. Este estudo teve como objetivo analisar o impacto das redes de apoio na qualidade de vida (QV) e no envelhecimento ativo, discutindo suas funções e desafios. A metodologia utilizada foi uma revisão narrativa da literatura, com buscas em bases acadêmicas como PubMed, Lilacs, Periódicos da Capes e SciELO, utilizando os descritores “envelhecimento”, “redes de apoio” e “qualidade de vida”. Os resultados evidenciaram que as redes de apoio são cruciais para a QV das pessoas idosas, proporcionando suporte emocional, instrumental e social. As relações familiares, especialmente em contextos rurais, têm papel central, embora enfrentem desafios associados a mudanças na estrutura familiar e desigualdades sociais. Além disso, redes sociais robustas contribuem para comportamentos preventivos e saúde psicológica. No entanto, dificuldades como o declínio cognitivo, o isolamento social e barreiras no acesso a serviços de saúde limitam a efetividade dessas redes, especialmente em regiões com infraestrutura precária. Conclui-se que o fortalecimento das redes de apoio exige estratégias interdisciplinares e públicas que considerem as necessidades específicas das pessoas idosas. Essas redes não apenas promovem o bem-estar, mas também enfrentam desafios impostos pela transição demográfica, sendo fundamentais para alcançar um envelhecimento saudável e resiliente.
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