Ferramentas de rastreio cognitivo e a relação com o consumo de produtos de glicação avançada em um grupo de pessoas idosas
DOI:
https://doi.org/10.37497/colloquium.v4i1.57Palavras-chave:
Envelhecimento, Produtos de Glicação Avançada, CogniçãoResumo
O comprometimento das funções cognitivas durante o processo de envelhecimento é caracterizado pela deterioração progressiva das habilidades intelectuais. A adoção de hábitos alimentares ocidentalizados, caracterizados pelo alto consumo de alimentos processados e ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio, estão associadas a um aumento da formação de produtos de glicação avançada (advanced glycation endproducts – AGEs), contribuindo para o desenvolvimento de diversas complicações, incluindo o declínio cognitivo. Esse trabalho visou identificar a capacidade cognitiva utilizando dois instrumentos de rastreio e avaliar o consumo de AGE em um grupo de pessoas idosas. Participaram 11 idosos que frequentam o Laboratório do Estudo do Movimento (LEM) do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - IOT-HCFMUSP. Foram utilizados um questionário de identificação, o Mini Exame do Estado Mental (MMSE), a Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) e recordatórios alimentares para mensurar o consumo de AGEs. Os idosos avaliados consumiram uma quantidade de AGE acima do aconselhado e fizeram uma auto-avaliação sobre a sua alimentação considerando-a boa. O desempenho cognitivo apresentou-se acima do ponto de corte no MMSE e deficitário no MoCA. Não houve relação entre o consumo de AGE e o desempenho cognitivo. O baixo consumo de AGE não é o único fator que pode favorecer um envelhecer de maneira mais saudável; outros aspectos, como a realização de atividades físicas, manutenção de um peso corporal adequado e alimentação saudável, mantendo o equilíbrio dos nutrientes, podem contribuir para que haja preservação dos aspectos cognitivos, como observado nos idosos desse estudo.
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